quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O gato que convidou pássaros para um jantar

Um gato fez de conta que ia comemorar seu
aniversário e convidou pássaros para um jantar. Em seguida,
ficou de lado observando e, quando todos já tinham entrado,
fechou a porta. Então começou a devorá-los, um por um.

Esta fábula cai bem
para aqueles que
se entregam a uma
alegre expectativa
e vivenciam o
contrário.


No trecho "Então começou a devorá-los, um por um", a palavra sublinhada é objeto direto de terceira pessoa do plural. No caso, o pronome oblíquo "los" exerce esta função. Está de acordo com o padrão de Língua estabelecido pelas gramáticas, porém não é a forma mais usada pelos falantes cultos brasileiros. É mais comum encontrarmos formas onde o objeto direto é formado pelos pronomes pessoais de caso reto "ele", "ela", "eles" e "elas".
Exemplo: Conheço Pedro, mas tem muito tempo que não vejo ele. (Pronome pessoal de caso reto)


Outra estratégia muito utilizada pelos falantes é com o pronome objeto nulo. Estas duas estratégias de pronominalização são condenadas pelos gramáticos e pela Norma Padrão.
Exemplo: Conheço Pedro, mas tem muito tempo que não (  ) vejo. (Pronome objeto nulo)






Grupo:

Marcelo/ Dayane/ Célia/ Shirley/ Regina

2 comentários:

  1. "Em seguida, ficou de lado observando e, quando todos já tinham entrado, fechou a porta."
    Neste trecho da fábula, exatamente em "ficou de lado observando", podemos questionar se o correto é: ficou "de" lado ou ficou "ao" lado.

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  2. No livro do Marcos Bagno, "Português ou Brasileiro? um convite à pesquisa, pág.49, ele explica o seguinte: "No português falado no Brasil, existemtrês maneiras da gente substituir um objeto direto de 3ª pessoa. É o que chamo de estratégias de pronominalização. Imagine a seguinte pergunta: Você viu o Pedro hoje? Se eu digo que existem três maneiras de responder, quais são elas?
    a) Hoje não, eu o vi ontem.
    b) Hoje não, eu vi ele ontem
    c) Hoje não, eu vi ontem.
    Segundo a norma-padrão clássica, somente a resposta A está "certa", porque utiliza o pronome oblíquo, que é o único que pode exercer a função de objeto direto. A resposta B, com um pronome reto, é veementemente condenada por todos os gramáticos como "erro" dos mais cabeludos, porque o pronome reto só pode ser usado na função de sujeito. A resposta C, com o objeto nulo, não é condenada nem aprovada: eles simplesmente não falam dela em seus manuais.
    Sandra Pechutti (17/10/13)

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